O Último Tiro

Há 20 anos um icónico regimento militar “morreu” e, com ele, muito “aço” também. Agora, a questão é esta: se os homens serão mesmo mais fortes que o aço… e se, por eles, a memória sobreviverá.

O Último Tiro
|Produção e apresentação: Marco António 
|Tema oficial: Fado do SonhoPensão Flor
|Música adicional: Quarteto 111 | Broke For FreeAndy G. Cohen |
 Daniel Veesey | Jesse Spillane | Lee Rosevere

 

O Regimento de Artilharia de Costa (RAC) – que foi o sucessor do Campo Entrincheirado de Lisboa – defendeu a capital portuguesa, o seu porto, e também o porto de Setúbal entre a II Guerra Mundial e os finais dos anos 1990. Nunca foi necessário acioná-lo para, de facto, defender Lisboa e Setúbal contra um inimigo, mas até ao fim nunca deixou de ser um impressionante sinal de imposição de respeito em termos de poderio militar que o Estado Português e a Instituição Militar gostaram de ter e até de mostrar aos países aliados.

Saiba mais sobre o Regimento de Artilharia de Costa

Saiba mais sobre a Associação dos Amigos da Artilharia de Costa

O RAC era composto por oito batarias.

Grupo Norte:
1ª Bateria – Alcabideche, Cascais
(onde atualmente se situa o Hospital de Cascais)

2ª Bateria – Parede, Cascais

3ª Bateria – Lage, Oeiras
(onde atualmente se situa a Associação de Comandos)

4ª Bateria – Forte do Bom Sucesso, Belém-Lisboa

Grupo Sul:
5ª Bateria – Raposeira – Trafaria

6ª Bateria – Raposa, Fonte da Telha
(onde foi realizada a reportagem deste episódio)

7º Bateria – Outão, Serra da Arrábida-Setúbal

8ª Bateria – Albarquel, Serra da Arrábida-Setúbal

Quem falou connosco?

Coronel Alpedrinha Pires

Coronel Nuno Anselmo

Sargento Chefe Fernando Seia

Alferes Miliciano Manuel Arez

Sargento Ajudante Joaquim Castanheira

Algumas imagens captadas durante a reportagem, na 6ª Bataria do RAC, Bataria da Raposa, na Fonte da Telha.

Os antigos elementos do Regimento de Artilharia de Costa – muitos deles membros da relativamente recente Associação dos Amigos da Artilharia de Costa Portuguesa – temem que muito em breve a memória do extinto RAC se perca para sempre. Quando o Exército e o Estado abandonaram (ou praticamente abandonaram) 6 das 8 batarias do RAC, essas instalações foram sendo vandalizadas – inclusivamente as da 2ª Bataria, na Parede, que foi inicialmente indicada para receber um museu relativo precisamente ao Regimento de Artilharia de Costa. Este episódio [nota do autor do podcast] é uma reportagem jornalística sobre a passagem do 20º aniversário do último exercício com fogo real do RAC, a 10 de dezembro de 1998. Mas serve também de registo de um pouco dessa história oral, para memória futura.

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Se conhece uma boa história que praticamente toda a gente desconhece, diga coisas! Queremos saber! Porque toda a gente tem uma história para contar!

Histórias de Portugal, de Saudade e Outras Coisas
é uma parceria com o Público

 

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O prometido é devido.
Aqui fica a versão em polaco de “El Rei d. Sebastião”, do Quarteto 1111, interpretada por Robert Zienkiewicz.