Tratores, amores… e Pouca Sorte

António Fortunato não tem só 82 anos. Também tem uma coleção de tratores e máquinas e agrícolas de outros tempos. Uma coleção que… não é uma coleção.

Tratores, amores… e Pouca Sorte
|Produção e apresentação: Marco António
|Tema oficial: Fado do SonhoPensão Flor
|Música adicional: Lee Rosevere | Orquestra Popular de Paio Pires

 

Num pequeno terreno situado junto a uma curva da EN 374, na Gozundeira (Sobral de Monte Agraço), fica uma espécie de exposição de tratores raros, máquinas e alfaias agrícolas de outros tempos. É uma coleção de António Fortunato, agricultor reformado de 82 anos… que não se considera um colecionador e, por isso, não considera aquilo que juntou durante 20 anos uma coleção. Logo… também não é bem uma exposição. Não tem qualquer trator com que trabalhou desde os 11 anos até à reforma e todos os que tem foi buscar à sucata para recuperá-los e hoje todos funcionam. Todas as máquinas têm, por isso, uma história; desde o Ford N8 (que foi o primeiro trator que adquiriu e é o seu favorito), até ao John Deere R (de que só vieram seis exemplares para Portugal), passando por uma máquina agrícola a vapor que António Fortunato recuperou totalmente.

O talento de António Fortunato para recuperar tratores antigos é tal que de três tratores avariados… fez UM trator que funciona!

(Ah… e arranca com a ajuda de uma explosão provocada por um martelo um cartucho de espingarda carregada de pólvora! – veja o vídeo)

A coleção (que não é uma coleção) é mantida segura pelo proprietário com visitas todos os dias ao terreno e até de noite a partir de casa, que fica longe… e perto dali. Em tempos, o terreno foi guardado por um cão que, por infortúnio (e premonição de nome), já morreu. Chamava-se… Pouca sorte.